quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Câncer do corpo e o câncer da alma


Algo que me chama bastante atenção quando leio no evangelho, a passagem de Lázaro. Percebo o quanto Jesus é Deus e Homem em seus atos, gestos e palavras. Sabe-se que na cultura judaica, toda pessoa que tivesse a lepra não era digno de permanecer no convívio social já que, além de contagiosa era considerada castigo de Deus. Assim, certa vez, aproximou-se de Jesus um homem com lepra; acredita-se que esse homem estivesse às margens de alguma cidade. Aquele homem suplicava, implorava, clamava e chorava pedindo a Jesus que o curasse, ou seja, que o libertasse daquela lepra. Naquele mesmo instante, Jesus estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: ”Eu quero, sê curado” (Mc 1, 41). A lepra sumiu imediatamente.
Quantas vezes, o nosso interior encontra-se tão ferido como o leproso. Tantos sentimentos que nos tornam lepra. Tantos pensamentos, atitudes e gestos que nos identificam com o leproso. A palavra Lázaro vem da palavra “leproso”. A lepra é conhecida atualmente como hanseníase. Lázaro era todo lepra.
Ninguém pode afirmar que quando a palavra de Deus fala do leproso seja só lepra no corpo. Acredito que a primeira lepra é aquela que se origina no coração e daí vai tomando conta de todo o corpo. Quantas pessoas guardam a lepra do ódio, do ciúme e da inveja em seu coração. Enquanto essas lepras do nosso interior não forem curadas ou até mesmo expostas a quem de direito pode curá-las, elas irão nos matando e nos consumindo até ultrapassar para o nosso exterior. Agora não como sentimento, ou algo abstrato, porém como algo evidente, concreto e que deforma o corpo. Podemos atribuir o nome de Câncer. Já não é mais o câncer da alma, que estava guardado dentro de nós, porém, o câncer agora é do corpo, da carne.
Tantos de nós vivemos amarrados e atados a tantos fatos do passado, não conseguiram ainda a liberar perdão. Quantas pessoas nos roubaram de nós. Quantas pessoas contribuíram para sermos pessoas rancorosas, egoístas e cheias de deslizes que não sabemos de onde são provenientes. Porém, não deve ser essas coisas que nos levem a morte mais cedo, quando me refiro a morte não falo só da morte do corpo, mas, morte de alma. Essa morte que muitas vezes nos impulsiona a não querer mais viver, pois já não tem sentido para isso.
Jesus, ao vê aquele leproso, compadeceu-se e teve compaixão. O leproso não conseguia mais esconder a sua lepra, para ninguém, muito menos para Jesus, que viu além. Jesus no gesto de humildade e igualdade com o leproso estende a mão e o toca. Esse ato de Jesus com o leproso vem nos confirmar que Jesus tudo pode. Jesus toca o intocável. Que coisa belíssima, Jesus ultrapassa todas as limitações impostas pela lei e por seus doutores para tocar, para curar, para sarar um homem. Homem que já não tinha mais esperança de voltar ao convívio social e muito menos de sua família. Podemos dizer que Jesus cura o incurável.
O que é intocável para você hoje? O que é incurável para você hoje? Vai, apresenta a Jesus a sua situação, o seu incurável, o seu intocável, como o leproso disse: “Se queres podes limpar-me” (Mc 1, 40). Não tenhas medo, o que pode acontecer é que você pode ficar livre, nada mais. Você quer? Então comece agora mostrando sua situação a Jesus e deixe que Ele faça o resto em seu ser. Olhe agora pra você e veja o que aos seus olhos é intocável em seu ser e apresente com fé a Jesus. A sua libertação está próxima. Lembre-se uma das maneiras de mostrar a Jesus o seu intocável é a Confissão, que é sacramento de cura e de Salvação.
O leproso não perdeu tempo ao vê Jesus, ele aproximou-se, de joelhos e suplicou.

Autor: Girlene Edson de Oliveira amaro.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Civilização ou barbárie?



O século XXI é denominado como o século da informatização, da comunicação e da liberdade: intelectual e de expressão. O conhecimento tornou-se mais acessível e mais efetivo, porém, atos de incivilidade acontecem cotidianamente desde as grandes metrópoles e atingindo também, os pequenos municípios. Assim, a palavra barbárie tem mais de um significado, podendo ser atrelado aos bárbaros, ou as atitudes cometidas pelos mesmos nas antigas civilizações.
Neste contexto, pode-se dizer que barbárie é o estado em que viviam os povos bárbaros tidos como os “sem civilização”, com prática de atos de crueldade e de violência, aqueles que não se ajustavam aos modelos já estabelecidos na sociedade grego-romana. Assim, a barbárie vem sendo antagônica ao humanismo que valoriza o homem em sua essência.
Nunca poderíamos pensar que pequenos municípios pudessem ser atingidos com atos de barbaridade, ou seja, com atitudes que deixassem a sociedade local em estado de bestialidade no tocante a tantas formas malévolas de oprimir e denegrir o ser humano. Lembramo-nos dos atos de barbaridade praticados em Auschwitz onde milhões de judeus foram exterminados, chegando a um genocídio frio e sem escrúpulos. Atos semelhantes estão acontecendo muito perto, chegando quase que nas nossas casas, não por “perseguidores”, “homens” e sim por algo tão pequeno e “insignificante” até que não atinja um dos nossos. A droga é o seu nome.
Droga, segundo a OMS[1], “é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento”. Esse elemento nocivo tem tomado conta principalmente da nossa juventude que sofre muitas vezes, com a desordem social que começa na célula mãe da sociedade: na família. Muitos desses jovens não encontram mais em seus pais confiança e segurança tornando-se vulneráveis as chagas da sociedade.
A falta de oportunidades também contribui para que esses jovens se desviem do caminho. Claro que muitos são os fatores que levam “os jovens” ao uso e consumo deste elemento. Será que não está na hora da sociedade civil se organizar e sair às ruas da nossa pequena e não mais pacata cidade e grita por paz e segurança. Crianças assombradas e temerosas, homens e mulheres de bem que lutam por uma sociedade mais justa e fraterna são tomadas pelo medo. O que poderá se fazer? Eis a questão.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.


[1] Organização Mundial da Saúde

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sonho


O homem descobriu encantos, despertando cantos, como um sonhador.  Sonhou como se fosse conto e com desencanto não despertou. Continuou sonhando e pelo sonho se apaixonou.



Autor: Girlene Edson de OLiveira Amaro.

Jovem

O jovem é um ser prático, ágil e eficiente, basta que o tratem com amor e compreensão.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.

Medo

Senhor, que eu não tenha medo de te amar para sofrer. Que eu não tenha medo de sofrer para te amar.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro