sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal


A espera de um Deus pela humanidade expressava o desejo de um Salvador cheio de pompa, honrarias e glórias. Um Deus poderoso, rico e gradativamente imponente pela ostentação de joias, ouro e riquezas. Deus humanizou-se. Junto com sua humanidade trouxe em seu corpo a dor. Um Deus humano que contemplava no seu corpo carnal as mazelas de um povo sofrido, machucado e sem expectativas.
O Deus Sol nasceu. Com Ele luz, alegria, amor e esperança. Trouxe tudo e ao mesmo tempo nada, luz e escuridão, fé e esperança. Alguns os amavam e outros o odiavam pelo seu jeito simples de ser, por aceitar as pessoas com eram e acima de tudo amar.
É Natal! Tempo de renovação, perdão, amor e esperança. Assim como o menino Luz, nós queremos e precisamos transmitir luz, amor e paz.
Um Deus Menino, enamorado pelo mundo, pela humanidade, pelas pessoas, por mim e por você, deseja também nascer em sua vida em seu coração.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Câncer do corpo e o câncer da alma


Algo que me chama bastante atenção quando leio no evangelho, a passagem de Lázaro. Percebo o quanto Jesus é Deus e Homem em seus atos, gestos e palavras. Sabe-se que na cultura judaica, toda pessoa que tivesse a lepra não era digno de permanecer no convívio social já que, além de contagiosa era considerada castigo de Deus. Assim, certa vez, aproximou-se de Jesus um homem com lepra; acredita-se que esse homem estivesse às margens de alguma cidade. Aquele homem suplicava, implorava, clamava e chorava pedindo a Jesus que o curasse, ou seja, que o libertasse daquela lepra. Naquele mesmo instante, Jesus estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: ”Eu quero, sê curado” (Mc 1, 41). A lepra sumiu imediatamente.
Quantas vezes, o nosso interior encontra-se tão ferido como o leproso. Tantos sentimentos que nos tornam lepra. Tantos pensamentos, atitudes e gestos que nos identificam com o leproso. A palavra Lázaro vem da palavra “leproso”. A lepra é conhecida atualmente como hanseníase. Lázaro era todo lepra.
Ninguém pode afirmar que quando a palavra de Deus fala do leproso seja só lepra no corpo. Acredito que a primeira lepra é aquela que se origina no coração e daí vai tomando conta de todo o corpo. Quantas pessoas guardam a lepra do ódio, do ciúme e da inveja em seu coração. Enquanto essas lepras do nosso interior não forem curadas ou até mesmo expostas a quem de direito pode curá-las, elas irão nos matando e nos consumindo até ultrapassar para o nosso exterior. Agora não como sentimento, ou algo abstrato, porém como algo evidente, concreto e que deforma o corpo. Podemos atribuir o nome de Câncer. Já não é mais o câncer da alma, que estava guardado dentro de nós, porém, o câncer agora é do corpo, da carne.
Tantos de nós vivemos amarrados e atados a tantos fatos do passado, não conseguiram ainda a liberar perdão. Quantas pessoas nos roubaram de nós. Quantas pessoas contribuíram para sermos pessoas rancorosas, egoístas e cheias de deslizes que não sabemos de onde são provenientes. Porém, não deve ser essas coisas que nos levem a morte mais cedo, quando me refiro a morte não falo só da morte do corpo, mas, morte de alma. Essa morte que muitas vezes nos impulsiona a não querer mais viver, pois já não tem sentido para isso.
Jesus, ao vê aquele leproso, compadeceu-se e teve compaixão. O leproso não conseguia mais esconder a sua lepra, para ninguém, muito menos para Jesus, que viu além. Jesus no gesto de humildade e igualdade com o leproso estende a mão e o toca. Esse ato de Jesus com o leproso vem nos confirmar que Jesus tudo pode. Jesus toca o intocável. Que coisa belíssima, Jesus ultrapassa todas as limitações impostas pela lei e por seus doutores para tocar, para curar, para sarar um homem. Homem que já não tinha mais esperança de voltar ao convívio social e muito menos de sua família. Podemos dizer que Jesus cura o incurável.
O que é intocável para você hoje? O que é incurável para você hoje? Vai, apresenta a Jesus a sua situação, o seu incurável, o seu intocável, como o leproso disse: “Se queres podes limpar-me” (Mc 1, 40). Não tenhas medo, o que pode acontecer é que você pode ficar livre, nada mais. Você quer? Então comece agora mostrando sua situação a Jesus e deixe que Ele faça o resto em seu ser. Olhe agora pra você e veja o que aos seus olhos é intocável em seu ser e apresente com fé a Jesus. A sua libertação está próxima. Lembre-se uma das maneiras de mostrar a Jesus o seu intocável é a Confissão, que é sacramento de cura e de Salvação.
O leproso não perdeu tempo ao vê Jesus, ele aproximou-se, de joelhos e suplicou.

Autor: Girlene Edson de Oliveira amaro.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Civilização ou barbárie?



O século XXI é denominado como o século da informatização, da comunicação e da liberdade: intelectual e de expressão. O conhecimento tornou-se mais acessível e mais efetivo, porém, atos de incivilidade acontecem cotidianamente desde as grandes metrópoles e atingindo também, os pequenos municípios. Assim, a palavra barbárie tem mais de um significado, podendo ser atrelado aos bárbaros, ou as atitudes cometidas pelos mesmos nas antigas civilizações.
Neste contexto, pode-se dizer que barbárie é o estado em que viviam os povos bárbaros tidos como os “sem civilização”, com prática de atos de crueldade e de violência, aqueles que não se ajustavam aos modelos já estabelecidos na sociedade grego-romana. Assim, a barbárie vem sendo antagônica ao humanismo que valoriza o homem em sua essência.
Nunca poderíamos pensar que pequenos municípios pudessem ser atingidos com atos de barbaridade, ou seja, com atitudes que deixassem a sociedade local em estado de bestialidade no tocante a tantas formas malévolas de oprimir e denegrir o ser humano. Lembramo-nos dos atos de barbaridade praticados em Auschwitz onde milhões de judeus foram exterminados, chegando a um genocídio frio e sem escrúpulos. Atos semelhantes estão acontecendo muito perto, chegando quase que nas nossas casas, não por “perseguidores”, “homens” e sim por algo tão pequeno e “insignificante” até que não atinja um dos nossos. A droga é o seu nome.
Droga, segundo a OMS[1], “é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento”. Esse elemento nocivo tem tomado conta principalmente da nossa juventude que sofre muitas vezes, com a desordem social que começa na célula mãe da sociedade: na família. Muitos desses jovens não encontram mais em seus pais confiança e segurança tornando-se vulneráveis as chagas da sociedade.
A falta de oportunidades também contribui para que esses jovens se desviem do caminho. Claro que muitos são os fatores que levam “os jovens” ao uso e consumo deste elemento. Será que não está na hora da sociedade civil se organizar e sair às ruas da nossa pequena e não mais pacata cidade e grita por paz e segurança. Crianças assombradas e temerosas, homens e mulheres de bem que lutam por uma sociedade mais justa e fraterna são tomadas pelo medo. O que poderá se fazer? Eis a questão.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.


[1] Organização Mundial da Saúde

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sonho


O homem descobriu encantos, despertando cantos, como um sonhador.  Sonhou como se fosse conto e com desencanto não despertou. Continuou sonhando e pelo sonho se apaixonou.



Autor: Girlene Edson de OLiveira Amaro.

Jovem

O jovem é um ser prático, ágil e eficiente, basta que o tratem com amor e compreensão.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.

Medo

Senhor, que eu não tenha medo de te amar para sofrer. Que eu não tenha medo de sofrer para te amar.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

sábado, 15 de outubro de 2011

PROFESSOR (A)



A ELE TODA MINHA ADMIRAÇÃO
PELA LUTA E CORAGEM
DE ENFRENTAR OS DESAFIOS
ENCONTRADOS NA CONTEMPORANEIDADE


LUTA POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA,
IGUALITÁRIA, FRATERNA E ACIMA DE TUDO
CAPAZ DE COMPREENDER QUE SÓ SE CONSTRÓI
A PARTIR DA BASE: EDUCAÇÃO!


OU SERÁ QUE UMA ARQUITETURA
SOLIDIFICAR-SE-IA SE CONSTRUÍDA NA AREIA?
CLARO QUE NÃO!


PROFESSOR: PALAVRA QUE EM SEUS MAIS VARIADOS SIGNIFICADOS RECEBE SINÔNIMOS DE PROTETOR, EDUCADOR E ATÉ MESMO DE DOUTOR.


PESSOA CAPAZ DE AMAR SEM SER AMADO,
DOA-SE,
COMPREENDER,
E DEDICAR MAIOR TEMPO DE SUA VIDA A ÁRDUA MISSÃO DE EDUCACAR.

JÁ FORMOU DOUTOR, ADVOGADO, PSICÓLOGO E OUTROS NOBRES PROFISSIONAIS, PORÉM POUCO RECONHECIDO COMO SE NADA TIVESSE CONTRIBUIDO.

DE TUDO É UM POUCO: ENFERMEIRO, MÉDICO, PSICÓLOGO, ARTISTA E CAPAZ DE INVENTAR
PARA O MUNDO TRANSFORMAR.


PARABÉNS PROFESSORES!




AUTOR: Girlene Edson de Oliveira Amaro.

Tudo parecia perdido

                   Tantas vezes pelo caminho encontramos pessoas oprimidas que permitem que suas dificuldades interfiram fortemente na sua maneira de pensar, de sentir e de agir. Como se essas dificuldades fossem o centro de toda sua vida. Já não conseguem enxergar mais nada, nem ninguém. É a mesma coisa de um burrinho que quando está com as viseiras não consegue ver além do que elas permitem.
Certa vez mamãe encontrou em seu seio um pequeno nódulo e permitiu que aquele ínfimo elemento se tornasse grande, pois a mesma não conseguia vê mais nada além do que aquele nódulo. Mamãe se entristecia cada dia e sentia o nódulo aumentando, eu já não sabia o que fazer. Ela não conseguia mais sorrir! Era apenas naquela situação que ela pensava. Foi encaminhada para fazer um exame em Natal e o resultado estava demorando. Por ocasião de uma oração, na Igreja do Rosário, com o grupo da Renovação Carismática Católica de Acari, uma irmã de caminhada, sem saber o que minha mãe passava, foi movida pelo Espírito Santo de Deus e me disse que minha mãe estava precisando de mim para sair daquilo que estava vivendo.
Ao chegar em casa, minha mãe já se encontrava deitada, fui ao quarto e sentei em sua cama, pedi que ela sentasse, pois queria falar com ela. Ela sentou e comecei a dizer o quanto Deus a amava e tinha predileção pela mesma. Ainda disse que não podia fitar os seus olhos no problema. A vida não acabaria ali. Falei que se Deus permitisse aquela enfermidade ela não estaria lutando sozinha, pois eu estava ali ao seu lado para ajudá-la a carregar aquela cruz.
Na manhã seguinte, mamãe já conseguia sorrir e fazer os seus afazeres domésticos com uma expressão facial de satisfação. Já passei por muitas situações que pensei que ia morrer e tudo terminaria ali, naquele instante, naquela hora, aprendi com alguns irmãos de comunidade que outras pessoas têm problemas maiores e piores do que os meus. Deus abre as portas, para todo aquele que crer e vê além.


Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quem nunca teve mãe?


            Todos os seres humanos foram dotados de muitas capacidades. Capacidades essas que transparecem nos momentos de alegrias, de dor, de tristeza, de realizações e doação ao próximo. Alguns não souberam o que é o AMOR. Alguns que não souberam AMAR. Outros não tiveram amor de mãe. Já outros não quiseram esse amor. Amor de doação, dedicação, delicadeza, sutileza, coragem, firmeza, tantos outros adjetivos poderíamos colocar aqui para tentar descrever um pouco daquilo que aos nossos olhos é inexplicável. Mãe que reflete Deus, sinônimo de Deus.  Mãe presente, perfume, alegria, sabedoria, bondade, mulher. Toda mulher foi dotada por Deus de aptidão para gerar e procriar, pois Deus a escolheu para participar com ele do processo de criação do gênero humano. Deus quis! Deus permitiu que como aquela mulher que se deixou ser tentada pelo Demônio fosse sua semelhante, a mulher pudesse ajudá-lo a gerir a humanidade. Assim como as dores de um parto, aquela mãe sofre ao vê seu filho partir. Não sabemos os mistérios de Deus quando resolve levar um filho antes de seus pais, principalmente de sua mãe. Deparo-me com a dor de Dona Chiquinha, mãe de Chagas, Carlos Antônio e Paulo Sérgio, uma família feliz, abençoada por Deus e cheia de encantos. Até chegar o dia de dona Chiquinha vê seu filho partir. Não conseguimos descrever o tamanho da dor daquela mulher, era como fosse arrancado um pedaço da sua carne, sua alma fosse arrebatada, a mesma ficara sem chão, sem norte, sem rumo. Onde estava Deus? No silêncio da dor daquela mãe. Na sutileza dos que crêem e esperam na eternidade reencontrar os que amam. A certeza do reencontro fortalece aquela mãe, que derrama lágrimas depois de alguns anos passados pós-morte. Quantos filhos têm mãe e não a valorizam, não a amam, não a sentem. Muitos filhos já mataram a sua mãe, com a dor do desgosto, do desprezo, da infidelidade, outros, estão a matá-la com o vício das drogas, da prostituição, do alcoolismo e do adultério. Quantas mães sofridas e geradas na dor. Dor que não se perde, nem se desgasta, porém, dor que salva, que cura, que forma e que gera. Dor atada a CRUZ, CRUZ do CRUCIFICADO, da REDENÇÃO, da SALVAÇÃO. A dor de Maria, que dor inexplicável e incomparável, dor do silêncio, dor de CRUZ.

                                                 Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Homens não choram?





Alguém me disse um dia

Que homens não choram

Porém tenho a alegria

Em saber que um dia

O maior Homem que existia

Chorou na agonia

Ao perceber que partia

A amizade que existia

Do amigo que jazia
                                              

Lázaro era o seu nome

Ninguém queira duvidar

Pois a história da salvação

Vem nos contar


O filho de Deus chorou

Por que homem não pode chorar?

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

Relações de Poder

           
             As relações de poder estão implícitas em todos os grupos sociais. Onde a lei do mais “forte” prevalece. Quando me refiro à forte, falo do poder aquisitivo de alguns que se acham superiores aos demais.  Quantas pessoas dominam as outras por acharem que são superiores. Essas relações de poder são visíveis na família, no namoro, no casamento, nos amigos, enfim, em todo tipo de relação. Muitos até sem perceber demonstram poder até na sua maneira de falar com os outros.
            Por que será que as relações de poder se fazem tão freqüentes e claras nas nossas relações? Entramos no questionamento acima refletindo sobre o ser e o ter. Quando digo eu sou, estamos falando de caráter, de moral e de personalidade. Aquilo que aprendemos no nosso convívio familiar, com os amigos, com a escola, faculdade e outros. É todo um conjunto de sentimentos e pensamentos que fazem parte de nós, ou do Eu. Algo que me caracteriza. Como exemplo, a coragem, a honestidade, a verdade e assim por diante. É tudo aquilo que ninguém pode roubar de nós. Já o ter é tudo que se refere à matéria. Ao possuir. Aquilo que posso pegar e sentir em minhas mãos, ou seja, um carro, uma bicicleta, ouro, jóias e dinheiro. É aquilo que podem roubar de nós. Não faz parte da nossa particularidade.
            Voltando ao questionamento, alguns têm o outro não como Ser e sim como Ter. Não vêem o outro com particularidades, sentimentos, desejo e vontade, e sim, como um objeto que pode pegar e roubar para si. Fazem das pessoas como mamulengos em suas mãos, que movimentam e se mechem, andam, correm e dançam. Dessa mesma forma, alguns políticos ou assessores dos mesmos fazem com os seus submissos e comandados aquilo que fazem com os mamulengos. O povo é o primeiro a sentir os reflexos da ganância e da prepotência dos seus representantes. Tudo isso, reflexo das relações de poder implícito na sociedade. Pessoas que tem sua boa índole são corrompidas pelo poder e pela riqueza.
            O que faz um homem viver a mácula da corrupção, se todos terão um fim único. É até aceitável que alguns que esmeram de mais conforto por seu suor vivam bem melhor de que outros que choram por não ter nada pra viver. Porém, entre o Ser e o Ter, o primeiro tem muito mais mérito no jogo da honestidade e o outro se perde na ignorância dos fracos.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

domingo, 11 de setembro de 2011

Tua presença

      

Certa vez ao entra no meu quarto para orar, coloquei-me prostrado de joelhos ao chão, silenciei e fui envolvido por uma presença que inundava a minha alma e o meu ser. Àquela presença era como um frescor que tocava minha alma aliviava o meu cansaço, refazia as minhas forças e impulsionava-me a transbordar aquilo que sentira naquele instante. Tinha certeza que a força que sentia era a presença de Deus vindo visitar a minha casa que há muito tempo não permitia que aquela presença se achegasse e se instalasse na mesma.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

Designo


Razão humana não consegue compreender
Os dilemas que a vida pode ter
Explicação todos querem saber
Para os desígnios de Deus entender

Singelos e cheios de delicadeza
Aparecem com toda sutileza
Inflamam os necessitados de amor
Destrói todo o rancor

Os santos não entendiam
Os cientistas também
As curas que os olhos viam
A alegria de alguém
Aliviando a agonia
Da dor que fazia bem

Mistérios...
Incapazes de compreensão
Leva-nos até a murmuração
Por não saber tal explicação
Para tamanha satisfação...
Só mistérios...
Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.

domingo, 28 de agosto de 2011

Deus quer lapidar a sua obra prima


 

Uma obra prima perfeita, acabada, porém corrompida pelo pecado. É assim o ser humano. Obra prima acabada, velada e selada pelo cinzel de Deus. Deus quer refazer todas as áreas de nossas vidas que foram destruídas pelo pecado e por suas conseqüências. Uma das maneiras de Deus reconstruir todas as áreas decaídas é por meio da oração de cura interior. Quantas pessoas vivem atormentadas e sofridas em maldições, palavras duras, ódio e pragas feitas ou ditas por seus antepassados e não sabem que tudo isso é trazido nas nossas raízes espirituais e psicológicas. O inimigo de Deus não quer que passemos pela oração de cura interior, pois ele sabe que é uma arma preciosa para Deus, por meio de seus servos, libertar o seu povo sofrido e oprimido pelo pecado e por suas conseqüências. Deus tem zelo por nós que somos seus filhos. Deus cuida de cada um de nós, mesmo que nós não percebamos e não queiramos ver.
Para Deus lapidar essa obra prima, que somos nós, ás vezes, Ele vai precisar nos quebrar para nos refazer. Iremos muitas vezes nos dar com a cara no chão. Deus quer, e nós precisamos. Quando deixamos o Senhor nos refazer, permitimos que Ele vá aos locais mais obscuros do nosso ser, do nosso coração e dá nossa alma. Não temos que ter medos, pois foi Ele quem nos fez. Ele só quer nos fazer o bem, nos curar e nos lapidar para sermos melhores e sentirmos o quanto o outro também precisa da cura interior. Por meio da cura interior, Deus, vai mostrando tantas situações de nossas vidas, desde a nossa fecundação até os dias atuais e vai refazendo essas situações, que gerou em nós ódio, rancor, ressentimento, egoísmo, depressão etc.
Vamos deixar Deus começar agora na sua vida. De início, mostre a Deus tudo o que você é, sem máscaras, sem vergonha, sem receio do seu Criador. Reconheça-se pequeno, minúsculo, pobre, muito pobre, como alguém que tem necessidades de uma vida nova, cheia de Deus. Não tenha medo de falar, de desabafar, de contar a sua história, sofrida ou não. Deus já sabe, mas quer ouvir da sua boca ou do seu coração. Após mostrar quem és, vá clamando o Espírito Santo sobre cada uma dessas situações, e deixe Deus agir. Ele vai se encarregar de nos dá sinais visíveis do que estará fazendo em nós. Depois ore com a Palavra, tomando propriedade da mesma para sua vida, veja qual situação você se enquadra e ore com ela. Nunca se afaste da Eucaristia, pois é aí que está Jesus, nosso alimento, que salva, que cura e liberta. A confissão faz parte desse processo. É por meio da confissão que Deus vem perdoando os nossos pecados e terminando de fazer a cura definitiva começada na oração de cura interior.
Algumas vezes, nesse processo de lapidação, vamos ficando sem nos reconhecer. Sem saber quem realmente é, pois o Senhor aí está e nos leva em locais muito profundos no nosso ser. Mas não há com quer se preocupar, tudo isso faz parte desse processo lento, porém eficaz.
Se for preciso Deus lhe quebrar, não se importe, apenas deixe, mau nenhum irá te fazer. Se Ele te lembrar situações dolorosas é para curar e sarar suas feridas que estavam cobertas pelo tempo. Deus nos vê, Ele não é indiferente a sua dor. Lembre-se: Deus te ama e quer te fazer feliz, tem muitos planos e sonhos para cada um de nós.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro