quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Relações de Poder

           
             As relações de poder estão implícitas em todos os grupos sociais. Onde a lei do mais “forte” prevalece. Quando me refiro à forte, falo do poder aquisitivo de alguns que se acham superiores aos demais.  Quantas pessoas dominam as outras por acharem que são superiores. Essas relações de poder são visíveis na família, no namoro, no casamento, nos amigos, enfim, em todo tipo de relação. Muitos até sem perceber demonstram poder até na sua maneira de falar com os outros.
            Por que será que as relações de poder se fazem tão freqüentes e claras nas nossas relações? Entramos no questionamento acima refletindo sobre o ser e o ter. Quando digo eu sou, estamos falando de caráter, de moral e de personalidade. Aquilo que aprendemos no nosso convívio familiar, com os amigos, com a escola, faculdade e outros. É todo um conjunto de sentimentos e pensamentos que fazem parte de nós, ou do Eu. Algo que me caracteriza. Como exemplo, a coragem, a honestidade, a verdade e assim por diante. É tudo aquilo que ninguém pode roubar de nós. Já o ter é tudo que se refere à matéria. Ao possuir. Aquilo que posso pegar e sentir em minhas mãos, ou seja, um carro, uma bicicleta, ouro, jóias e dinheiro. É aquilo que podem roubar de nós. Não faz parte da nossa particularidade.
            Voltando ao questionamento, alguns têm o outro não como Ser e sim como Ter. Não vêem o outro com particularidades, sentimentos, desejo e vontade, e sim, como um objeto que pode pegar e roubar para si. Fazem das pessoas como mamulengos em suas mãos, que movimentam e se mechem, andam, correm e dançam. Dessa mesma forma, alguns políticos ou assessores dos mesmos fazem com os seus submissos e comandados aquilo que fazem com os mamulengos. O povo é o primeiro a sentir os reflexos da ganância e da prepotência dos seus representantes. Tudo isso, reflexo das relações de poder implícito na sociedade. Pessoas que tem sua boa índole são corrompidas pelo poder e pela riqueza.
            O que faz um homem viver a mácula da corrupção, se todos terão um fim único. É até aceitável que alguns que esmeram de mais conforto por seu suor vivam bem melhor de que outros que choram por não ter nada pra viver. Porém, entre o Ser e o Ter, o primeiro tem muito mais mérito no jogo da honestidade e o outro se perde na ignorância dos fracos.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

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