segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quem nunca teve mãe?


            Todos os seres humanos foram dotados de muitas capacidades. Capacidades essas que transparecem nos momentos de alegrias, de dor, de tristeza, de realizações e doação ao próximo. Alguns não souberam o que é o AMOR. Alguns que não souberam AMAR. Outros não tiveram amor de mãe. Já outros não quiseram esse amor. Amor de doação, dedicação, delicadeza, sutileza, coragem, firmeza, tantos outros adjetivos poderíamos colocar aqui para tentar descrever um pouco daquilo que aos nossos olhos é inexplicável. Mãe que reflete Deus, sinônimo de Deus.  Mãe presente, perfume, alegria, sabedoria, bondade, mulher. Toda mulher foi dotada por Deus de aptidão para gerar e procriar, pois Deus a escolheu para participar com ele do processo de criação do gênero humano. Deus quis! Deus permitiu que como aquela mulher que se deixou ser tentada pelo Demônio fosse sua semelhante, a mulher pudesse ajudá-lo a gerir a humanidade. Assim como as dores de um parto, aquela mãe sofre ao vê seu filho partir. Não sabemos os mistérios de Deus quando resolve levar um filho antes de seus pais, principalmente de sua mãe. Deparo-me com a dor de Dona Chiquinha, mãe de Chagas, Carlos Antônio e Paulo Sérgio, uma família feliz, abençoada por Deus e cheia de encantos. Até chegar o dia de dona Chiquinha vê seu filho partir. Não conseguimos descrever o tamanho da dor daquela mulher, era como fosse arrancado um pedaço da sua carne, sua alma fosse arrebatada, a mesma ficara sem chão, sem norte, sem rumo. Onde estava Deus? No silêncio da dor daquela mãe. Na sutileza dos que crêem e esperam na eternidade reencontrar os que amam. A certeza do reencontro fortalece aquela mãe, que derrama lágrimas depois de alguns anos passados pós-morte. Quantos filhos têm mãe e não a valorizam, não a amam, não a sentem. Muitos filhos já mataram a sua mãe, com a dor do desgosto, do desprezo, da infidelidade, outros, estão a matá-la com o vício das drogas, da prostituição, do alcoolismo e do adultério. Quantas mães sofridas e geradas na dor. Dor que não se perde, nem se desgasta, porém, dor que salva, que cura, que forma e que gera. Dor atada a CRUZ, CRUZ do CRUCIFICADO, da REDENÇÃO, da SALVAÇÃO. A dor de Maria, que dor inexplicável e incomparável, dor do silêncio, dor de CRUZ.

                                                 Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

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