Às vezes algumas pessoas nos perguntam o que fizeram de tão ruim para enfrentar tanto sofrimento em sua vida. Bom, o que fizeram de tão ruim eu não sei, mas quero lembrar a essas pessoas que nossas vidas são feitas de alegrias, tristezas, vitórias, derrotas e de contrários. Palavra que o dicionário tem como sinônimos: avessos, adversos ou antagônicos.
Falar dos contrários da vida é falar das coisas ou situações que passam a perna em nós e nos permiti ir ao chão. Sentir neste momento barro ou pó, identificar a nossa vulnerabilidade diante dos avessos da vida ou da caminhada nos leva ao Cristo. Pensamos muitas vezes que os contrários da vida não vão nos atingir, enganamo-nos!
Chegamos a um determinado momento da nossa história que os avessos nos encontram ou já estavam conosco e não conseguíamos enxergá-los. Identificamos que o defeito tem direito e que o reverso tem um verso e que ambos fazem parte de nós.
O engano daquilo que se acredita é ardil como uma cilada perfeita, construída para prender um pequeno animal que ingenuamente corre para pegar a isca que se encontrava na arapuca. Esse animal indefeso ao ser pego se prepara para a dolorosa hora, a morte!
Quantas vezes os contrários da vida permite-nos sermos como o pequeno animal que corre para a arapuca em busca de uma aventura para apanhar a pequena isca e quem acaba sendo pego de surpresa é ele.
Mas não podemos parar aí, é o jogo da vida. O reverso tem um verso. E a natureza exerce o jogo da sobrevivência, onde o maior ou o mais forte sempre vence, é a lei da subsistência.
Claro que ser o maior ou o mais forte não quer dizer muita coisa, pois os avessos e reversos da vida sempre acabam pregando peças como a do animalzinho. Assim é que a dor se transforma em amor. Quando percebemos que os contrários da vida nos levam a tornarmos mais fortes em Deus e que esses contrários não podem nos deixar no chão.
O que, mas me intriga é que os animais por serem irracionais suportam a dor sozinhos e os outros animais da mesma espécie se afugentam, ao contrários dos laços humanos que ao ver o outro sofrer muitas vezes participa da mesma dor querendo se possível consumir aquela dor para ele.
Contrários, simplesmente contrários!
Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.
