terça-feira, 15 de novembro de 2011

Civilização ou barbárie?



O século XXI é denominado como o século da informatização, da comunicação e da liberdade: intelectual e de expressão. O conhecimento tornou-se mais acessível e mais efetivo, porém, atos de incivilidade acontecem cotidianamente desde as grandes metrópoles e atingindo também, os pequenos municípios. Assim, a palavra barbárie tem mais de um significado, podendo ser atrelado aos bárbaros, ou as atitudes cometidas pelos mesmos nas antigas civilizações.
Neste contexto, pode-se dizer que barbárie é o estado em que viviam os povos bárbaros tidos como os “sem civilização”, com prática de atos de crueldade e de violência, aqueles que não se ajustavam aos modelos já estabelecidos na sociedade grego-romana. Assim, a barbárie vem sendo antagônica ao humanismo que valoriza o homem em sua essência.
Nunca poderíamos pensar que pequenos municípios pudessem ser atingidos com atos de barbaridade, ou seja, com atitudes que deixassem a sociedade local em estado de bestialidade no tocante a tantas formas malévolas de oprimir e denegrir o ser humano. Lembramo-nos dos atos de barbaridade praticados em Auschwitz onde milhões de judeus foram exterminados, chegando a um genocídio frio e sem escrúpulos. Atos semelhantes estão acontecendo muito perto, chegando quase que nas nossas casas, não por “perseguidores”, “homens” e sim por algo tão pequeno e “insignificante” até que não atinja um dos nossos. A droga é o seu nome.
Droga, segundo a OMS[1], “é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento”. Esse elemento nocivo tem tomado conta principalmente da nossa juventude que sofre muitas vezes, com a desordem social que começa na célula mãe da sociedade: na família. Muitos desses jovens não encontram mais em seus pais confiança e segurança tornando-se vulneráveis as chagas da sociedade.
A falta de oportunidades também contribui para que esses jovens se desviem do caminho. Claro que muitos são os fatores que levam “os jovens” ao uso e consumo deste elemento. Será que não está na hora da sociedade civil se organizar e sair às ruas da nossa pequena e não mais pacata cidade e grita por paz e segurança. Crianças assombradas e temerosas, homens e mulheres de bem que lutam por uma sociedade mais justa e fraterna são tomadas pelo medo. O que poderá se fazer? Eis a questão.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.


[1] Organização Mundial da Saúde

Um comentário:

  1. Nada justifica a procura pelo caminho errado,quantas crianças nasceram na pobreza e hj são cidadão bem sucedidos, e quantos tiveram toda oportunidade e preferem a marginalidade;a maioria tem pais omissos que preferem defende-los quando o certo é corrigi-los.Não são eles os que sofrerão,mas sim a população que trabalha e vive dignamente que já anda amedrontada,além das crianças que não podem brincar livremente nas calçadas.É preciso pensar nisso.

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