domingo, 29 de maio de 2011

O Jogo de interesses

              
                                 
                 Atualmente as pessoas não dão o devido valor ao outro, não respeitam a individualidade e nem a sua subjetividade. Todos são dotados de sutilezas e impregnados de interesses particulares. As amizades estão implícitas muitas vezes até o momento que você está sendo útil e conivente com o pensamento, ideias, atos, e atitudes do outro. Tudo isso permite verificarmos um jogo, não um jogo qualquer, porém, um jogo de interesses, em que quem dar às ordens é aquele mais favorecido, superior e indiscutivelmente sagaz. Isso é muito comum e frequente na política. As pessoas não são vistas como pessoas e sim coisas. Coisas banais, que têm certo valor, valor que oferece benesses para o partido, ou os seus representantes legítimos.  
                 Tudo isso que citei fica evidente quando alguém filiado a um partido político passa a pensar diferente daquilo que se é pregado e vivenciado por um determinado partido. Quando esse mesmo alguém passa a questionar pensamentos, ideias, atitudes, atos daquele partido, é  visto com repulsa e como alguém do contra, alguém que não tem mais nada para oferecer ao partido e aos seus representantes. Alguém sem caráter, sem atitude, sem vergonha e tantos outros adjetivos que possam diminuir a dignidade da pessoa.
                O jogo de interesses faz-se evidente. Você já parou para pensar quantos supostos amigos você já perdeu porque não o aceitaram como você é? Quantos já não lhe desprezaram, ou excluíram por você não se prestar mais como um objeto; não concordar com suas opiniões. Assim, é o jogo de interesses. Muitas perseguições começam assim. Tudo isso é verificável em todas as instâncias da sociedade, inclusive dentro das escolas, igrejas, associações, partidos políticos, sindicatos e acima de tudo na família.  Esse jogo de interesses está ligado à submissão.

                 O que me deixa intrigado é o fato de tantas pessoas se calarem ou se submeterem a outrem por medo, por acomodação, por perseguição e discriminação. Coisas que muitos acham que não existem mais, porém não compete a eu julgar determinadas situações, só indignação.
                Conheço algumas pessoas que deixaram de sonhar não porque quiseram e sim porque foram obrigadas. Obrigadas não diretamente, mas violentadas com a indiferença, com o preconceito e perseguição obscuras. Tudo isso pelo jogo de interesses.
                Ah! Se valorizasse o ser humano como pessoa e não como coisa ou objeto como no tempo da escravidão. Se sentissem a dor da humanidade, que chora, grita e sofre com a falta de amor ao próximo. Tudo seria diferente. Até mesmo eu e você.

Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.

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