Em alguns momentos da vida nos sentimos perdidos no mundo e no espaço, sem expectativas para o amanhã que se constrói no hoje. Parece nos faltar algo que não sabemos nomear e nem atribuir adjetivos. As pessoas que amamos e gostaríamos de estar perto, pelo simples fato de está perto, somem e silenciam. A alma parece está atônita, angustiada e perturbada com todo o contexto vivenciado durante o dia que se finda. Lágrimas rolam, a alma se retrai no corpo que sofre as reações, às vezes, inexplicáveis e adversas a dor da alma. É como se estivéssemos sozinho em meio à multidão onde pessoas sobem e descem no sentido contrário, como se fosse às artérias do coração e a nossa vida com seus aclives e declives.
Nesse contexto introspectivo e reativo aos sentidos externos, aparece uma luz que surge em meio à escuridão e grita com o seu silêncio espantoso: Você não está sozinho! Imediatamente a luz reflete a minha imagem tosca na parede do meu quarto e me fazia companhia, sorria, e sua expressão facial ainda negra e obscura ousava em concretizar a dor que sentia.
O simbolismo deixava de existir e passava a ganhar significado, concretizando-se na realidade da dura realidade da vida.
Perguntamos-nos o porquê de tantos desatinos na vida das pessoas e na nossa vida e não conseguimos compreender e aceitar a mácula da maldade que existe no coração do ser.
Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro.
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