segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nada se perde quando se leva no coração!



O homem dotado de inteligência, de vontade e de amor, vive o drama da incerteza e da insegurança na dor. Quantos de nós não traz na alma marcas inapagáveis de tantos fatos contínuos que parecem não ter fim? Alguns carregam a Cruz por sofrer a perda de quem amam e não aceita a dura e triste realidade da morte. Tudo isso por não sabermos eternizar as pessoas que amamos e outros por não acreditar na ressurreição. Esquecemos que as pessoas que amamos não morrem, pois ficam eternizadas e guardadas em nosso coração, e as lembramos nos momentos bons e agradáveis passados juntos. As pessoas que amamos tornam-se nossas vidas como ícones que se sobre saem na lembrança da razão e, principalmente, na alma e no coração. Quando eternizamos as pessoas que partem, não sentimos tanta tristeza, pois sabemos que elas permanecem vivas e continuam conosco interiormente.
A incerteza da eternidade para algumas pessoas causa um vazio interior enorme. A busca pela felicidade não deve parar, pois não podemos parar na dor. Temos que pensar que os que amamos que partiram, não gostariam de nos ver tristes, infelizes e chorando. Nenhuma lágrima pode se perder nesses momentos de dor. As lágrimas aliviam o coração e consolam a alma; sem falar que alcançam o coração de Deus com uma rapidez imensa, e Deus se compadece e vem consolando e enxugando toda lágrima. Assim o próprio Jesus vem nos ensinar e revigorar as nossas forças dizendo: “Bem-aventurados vós que chorais, porque vos alegrareis! (Lc 6, 21). É promessa de Jesus, é Promessa de Deus, “Eu” vos alegrarei! Tomemos posse dessa promessa, com confiança e certeza dessa alegria que vem de Deus.
Podemos dizer que nada e ninguém se perde quando se leva no coração, a certeza na alma de que um dia estaremos felizes, na glória de Deus, na eternidade. A morte tem muitos significados para nós que cremos em um Deus vivo e eterno. E esses significados não devem se perder no momento da dor. Santa Terezinha aproveitava os momentos de dor para se encontrar com o seu Amor Eterno. Ela tinha consciência de sua necessidade de amor e ao mesmo tempo, sabia que o amor perfeito só o amor eterno, de Deus que é Pai e Mãe. Terezinha soube usar o seu sofrimento, suas lágrimas, sua pobreza para ensinar aos outros, inclusive a nós, que é esse amor eterno que nos impulsiona a ver além da morte e da dor. Façamos como Santa Terezinha usemos a nossa dor e transformando-a em oração.
Aos que sofrem a dor da perda agarre-se na promessa: “vos alegrarei”. Deus é capaz, pois acima de todas as coisas Ele só não é capaz de deixar de amar.

                                                       
                                                                   Autor: Girlene Edson de Oliveira Amaro

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